domingo, 10 de julho de 2016

GRANDES NOMES

Michael Manniche



Michael Manniche. Copenhaga, Dinamarca. 17 de Julho de 1959. Avançado.
Épocas no Benfica: 4 (83/87). Jogos: 132. Golos: 77. Títulos: 2 (Campeonato Nacional), 3 (Taça de Portugal) e 1 (Supertaça).
Outros clubes: Hvidovre e BK 1903/Copenhaga. Internacionalizações: Dinamarca.


A estética na estava no centro das suas preocupações. Tinha mais coisas com que se entreter. Desde logo, gozar a satisfação do dever cumprido, sempre numa onda altruísta. O dinamarquês Manniche até poderia não ter sido jogador de futebol, longe estava da imagem de precógnito. Juntou laboratório e querer. Deu ponta-de-lança. Daqueles que antes quebrar que perder.



Ingressou no clube na época 83/84. Especialistas na linguagem do golo, por essa altura, eram Nené, Diamantino e Filipovic, ou seja, oportunidade, versatilidade e elegância. Combativo, Manniche introduziu um novo conceito no jogo ofensivo encarnado. Era uma outra valência, que até chegou a fazer escola em diferentes paragens.



Tendo Eriksson na chefia do grupo, de pronto ofuscou Filipovic, alternando com Nené e Diamantino no onze inicial. Em campos pequenos, pelados até, perante defensivas vigorosas, Manniche era um utilitário. Noutras arenas também. Jogava pelo espaço contra o tempo. Derrubava as sentinelas contrárias, parecendo estender a passadeira vermelha, que outros percorriam em momentos de glória. Era como dar sangue ao talento alheio. Em prol da equipa.
  


Manniche foi, também ele, um goleador. Durante quatro temporadas, desferiu 77 remates vitoriosos, ao cabo de 132 jogos. Venceu dois Campeonatos, três Taças e uma Supertaça. Nas épocas de 84/85 e 85/86 foi mesmo o melhor marcador da equipa, já com Rui Águas e César Brito em actividade. A experiência atingida no Benfica conduziu-o à forte selecção dinamarquesa, na antecâmara do titulo europeu. Ele que esteve, com Stromberg, na génese da importação nórdica do Glorioso. Seguira-se Magnusson, Thern e Schwarz. Mais tarde, Pringle e Andersson.



Tosco talvez não chegasse a vitupério. Marimbou-se Manniche. Corajoso, valente, esforçado, assim adjectivava o seu jogo, sem ponta de narcisismo. E com substantiva saúde. Assunto arrumado, ganhou o Benfica.

RECORDANDO O BENFICA 3 OLYMPIAKOS 0 DE 1983/84
COM UM GRANDE GOLO DE MANICHE


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